Maria Cabral com a sobrinha, Keytha, em 1951 |
F 2 - MARIA ALVES
CABRAL,
primeira filha mulher do casal Pedro Alves Cabral e Antônia Neri Cabral. Nasceu
no Sítio Riacho do Meio, em Pau dos Ferros, em 15 de janeiro de 1904, faleceu
em 1º. de setembro de 2002, em Mossoró. Viveu 98 anos, sete meses e 16 dias.
Como filha mais velha, coube a Maria ajudar a mãe nos afazeres do lar e ajudar
a criar os irmãos mais novos, bem como foi a primeira professora deles.
Por intermédio de Pedro Cabral, Maria morou
ainda moça em Mossoró na casa de Ezequiel Fernandes, à época que Lampião esteve
na cidade, Maria foi talvez a única mulher a ter participação efetiva no
embate, pois atendendo pedido do irmão mais velho, Chico Cabral, costurou os
bornais usados pela população local, portanto, foi testemunha ocular do sufoco que a população
passou por causa do rei do cangaço. Por esse motivo, Maria Cabral foi motivo de
reportagem no jornal O Mossoroense, em 2002, momento em que deu entrevista aos
noventa e oito anos de idade, ao repórter Cristiano Rojer, sobre aquele 13 de
junho de 1927.
Maria namorou um rapaz velho, solteiro, Eliseu Jácome, seu primo, filho de uma irmã de Antônia Cabral. Eliseu era vaidoso, usava cordão de ouro, grosso, tinha fazenda e terras, vivia da agricultura e plantava algodão. Morreu antes dos quarenta anos de idade, vitima de uma queda de cavalo. Passou dez dias com muita dor, sofreu bastante até morrer.
Maria namorou um rapaz velho, solteiro, Eliseu Jácome, seu primo, filho de uma irmã de Antônia Cabral. Eliseu era vaidoso, usava cordão de ouro, grosso, tinha fazenda e terras, vivia da agricultura e plantava algodão. Morreu antes dos quarenta anos de idade, vitima de uma queda de cavalo. Passou dez dias com muita dor, sofreu bastante até morrer.
Maria casou-se com o vaqueiro, Manoel
Alves de Sousa, que nasceu em 12 de abril de 1907 e faleceu em 2 de dezembro de
1945, aos trinta e oito anos de idade, deixando Maria viúva com quarenta e um
anos de idade, com quatro filhos, o mais velho com apenas dez anos.
A certidão de casamento do casal é
escrita à mão e foi emitida pelo cartório de Pau dos Ferros. Nessa certidão,
Manoel está registrado como Manoel Alves da Silva, nascido em Encanto, então
município de Pau dos Ferros, filho de Vicente Alves da Silva e Mariana
Francisca do Carmo.
Manoel era uma pessoa simples, bom
para casa e a esposa. O casal migrou para Mossoró provavelmente em 1939, e
foram morar na Fazenda São Pedro, no Riacho Grande. De início, Manoel trabalhou
na fazenda do sogro, tanto na agricultura como nos currais, tratando do gado.
Manoel gostava de festas, de dançar forró
e, sempre que podia, levava Maria, que não gostava de dançar e o liberava para
as festas. Homem da inteira confiança de Pedro Cabral, às vezes levava as irmãs
de Maria para os forrós. Uma vez veio pegar Inalda em Mossoró para um baile na
fazenda de Prego Dourado, próximo do Riacho Grande. Inalda estudava no colégio
das irmãs e tinha uns dezesseis anos de idade quando viajou com o cunhado na
garupa do cavalo. Para os bailes no Riacho Grande iam sempre de carroça:
Inalda, Adelzira, Guió, Chiquinha e Odílio. Antes, porém, Pedro e Antônia
tinham uma conversa no quarto com os filhos, quando recomendavam para não
saírem da festa, não dançarem o tempo inteiro com a mesma pessoa e que se
comportassem como se tivessem em casa.
Em Mossoró, Manoel passou a trabalhar
como carpinteiro numa empresa de um português, depois trabalhou com
madeiramento de casas, até que Pedro Cabral conversando com Luis Paula, este
lhe confidenciou que estava à procura de alguém de confiança para sua Fazenda
São Luis, em Alagoinha, zona rural de Mossoró. Logo Pedro Cabral indicou o
genro, que trabalhou nesta fazenda até seu falecimento. Era véspera de eleição
quando Manoel conduzia uma boiada para Mossoró e um boi foge, saindo Manoel
atrás, entrando num matagal e, como demorou a retornar, outro vaqueiro foi em
seu auxilio e o encontrou ao chão, com uma chifrada do boi na altura da virilha.
Foi trazido para Mossoró com vida, para o Hospital de Caridade, vindo a óbito
com quatro dias. O sogro lhe fez companhia durante toda a enfermidade. Odílio
lembrou que era véspera de eleição, que Manoel ficou aos cuidados dos médicos
Chico Duarte e Tarcísio Maia.
Odílio estava no
hospital quando Manoel começou a delirar na cama, ficava narrando uma
vaquejada, falava na derrubada do boi. “Meu pai vendo aquilo começou a dizer
que Manoel não rezava, que não tinha Deus, que Maria não havia o ensinado a rezar
e me chamou para rezar. Logo após a reza Manoel faleceu, de tétano, após uns
cinco dias de internação. O enterro foi no dia de eleição para senador e
deputado federal, em 2 de dezembro de 1945. De Mossoró, foi eleito apenas Mota
Neto, para deputado federal.
Odílo lembrou também que na véspera dessa
última viagem de Manoel Alves, Maria Cabral havia sonhado com um acidente, no
qual ele morria e que ainda tentou demovê-lo da ideia da viagem, mas ele não
atendeu aos apelos da esposa.
Quando
Maria ficou viúva passou mais de um ano na casa dos pais com os quatro filhos,
até adquirir uma casa simples, num enorme terreno na Rua Silva Jardim, com a
ajuda do pai, que montou um curral no terreno e deixou uma vaca para Maria
sustentar sua família.
Segundo os filhos, a mãe era severa na criação deles. Estelina gostava de andar descalça e Maria ameaçava pregar os seus pés nos tamancos. “Ela era de uma época em que quando tinha visita mandava os filhos se retirar da sala para ficarem a vontade”, conta Estelina. “Somos de uma geração que a gente era muito apegado aos avós, no nosso caso, os avós maternos”, continua.
Segundo os filhos, a mãe era severa na criação deles. Estelina gostava de andar descalça e Maria ameaçava pregar os seus pés nos tamancos. “Ela era de uma época em que quando tinha visita mandava os filhos se retirar da sala para ficarem a vontade”, conta Estelina. “Somos de uma geração que a gente era muito apegado aos avós, no nosso caso, os avós maternos”, continua.
Maria Cabral praticamente criou os
filhos sozinha tendo eles recebido uma educação rígida, mas tudo com amor e
carinho: “Deixava de comprar as coisas para si para dar aos filhos, por isso
todos tiveram a obrigação de ser bons para ela”, disse Estelina.
A família Cabral ajudou muito Maria
quando ela ficou viúva, aos 41 anos, com tantos filhos. Só que Maria, por
talvez ser a filha mais velha, sempre era solicitada para situações difíceis, principalmente doença na família,
isso irritava o Estelina, que era criança e, muitas vezes, ficou sozinha em
casa para Maria dormir na casa de um parente enfermo. “Sempre foi tola, não
sabia dizer um não, aceitava tudo. Eu sempre dizia para ela, chamava a atenção
para isso, mas ela continuava servindo. Ainda ajudava em casa, costurava para
fora. A irmandade lhe ajudou muito. Pois todos lhe retribuíram a atenção quando
precisou. Sentiu-se compensada. Na minha cabeça, eu ficava chateada porque só
davam a ela pelo seu trabalho, nada era de graça”, confessa Estelina.
Maria Cabral |
Maria Cabral com a mãe, Antônia na casa de Inalda |
Maria Cabral e Manoel Alves tiveram quatro filhos:
Maria com a nora, Mirian, e os quatro filhos: Segundo, Osmina, Estelina e Canindeh Alves. Canindé, Pedro Segundo, Osmina e Estelina |
N. FRANCISCO ALVES DE SOUZA, o Canindeh Alves, nasceu em Pau dos Ferros, em 16 de agosto de 1935. Canindé foi uma criança magra e teve febre amarela, então, sua mãe Maria apegou-se a São Francisco Canindé e fez uma promessa que, se a criança fosse curada, passaria a se chamar Canindé, o que aconteceu e, adulto, adicionou o h e supriu o acento agudo, passando a assinar Canindeh. Por volta de 1938, Canindeh veio com os pais para Mossoró, para acompanhar aquele que ele chamava de Comandante Chefe, Pedro Cabral, seu avô paterno.
Quando o pai faleceu, Canindeh
tinha apenas dez anos de idade e, como primogênito, logo passou a trabalhar no
pesado, para ajudar com as despesas da casa. Ele carregava água de jumento, do
rio Mossoró, para vender nas casas, numa Mossoró que não tinha água encanada e
não contava com poços. Devido a uma amizade que tinha com um jornaleiro, Luiz,
com quem comentou que queria conseguir um emprego. E este respondeu que deveria
falar com Jorge Pinto, proprietário do Cine Pax. Canindeh tinha de treze e a ajuda veio do avô,
Pedro Cabral, que todo domingo fazia a feira no Mercado Central e encontrava
Jorge Pinto. O avô falou sobre o neto e Jorge Pinto conseguiu um emprego de faxineiro.
“Com uns seis meses eu aprendi a colocar e tirar filme no projetor. Um dia
despediram o funcionário e assumi o
posto. Com um ano fui encarregado de falar no microfone anunciando o filme.
Jorge Pinto deu a oportunidade e me motivou a ir em frente”, disse Canindeh.
Ocupou o posto de locutor, que
acumulou com o de operador, mas só queria saber de locução. Um dia se ofereceu
para fazer locução num parque de
diversões nas horas de folga. Empolgou-se
e, já locutor do amplificar, começou a ser motivado para ser locutor da Radio
Tapuyo. Como vivia treinando em casa, lendo textos, candidatou-se a uma vaga.
Esse foi o inicio de uma carreira brilhante que entrou para a história do
radiojornalismo mossoroense, tendo atuado até o fim da sua vida, com mais de
cinquenta anos de atividades, com passagem pelo radio carioca.
Tinha vinte anos quando assumiu a Semana em Revista, um programa aos
domingos das 18 às 19 horas, era o resumo dos acontecimentos da cidade. “Eu tremia
como vara verde. Nervoso, tornei-me locutor oficial”, lembrou Canindeh. Na
sequência, passou a ser locutor comercial, disque jóquei, redator,
locutor-noticiarista e se especializou em reportagem política. Chegou a
diretor-artistico durante longo tempo.
Em janeiro de 1973, pediu uma
licença sem remuneração e foi trabalhar no Rio de Janeiro. Achava que no Rio teria um emprego melhor.
Conseguiu emprego na Radio Mauá e passou a apresentar o programa Chapéu de Couro, Chapéu de Palha, que
apresentou durante dois anos, nas madrugadas de domingo, das 4 às 8 horas.
Canindeh veio passear em Mossoró e
levar a família, quando recebeu convite
do então prefeito, Dix-huit Rosado para dirigir a Rádio Tapuyo. Convite aceito,
Canindeh ficou dez anos na direção geral da rádio. Acumulou o cargo como
assessor de imprensa da Prefeitura Municipal de Mossoró nas gestões de Dix-huit
e de João Newton da Escóssia. Como radialista, Canideh teve a oportunidade de
entrevistar os presidentes da República, Médici e João Batista Figueiredo.
Canindeh Alves atuando
Canindeh Alves atuando
No início dos anos 1980, Canindeh pediu
demissão da rádio e abriu a primeira agência de publicidade de Mossoró, a Vanusa Publicidade, e assumiu a direção
da Rádio Liberdade, a convite de Milton Marques de Medeiros, onde permaneceu
por oito anos. Ali, ele apresentava aos domingos, das 6 às 9 horas, o programa Chapéu de Couro, Chapéu de Palha. Um
bom filho, todo domingo visitava a mãe, Maria Cabral, em quanto ela viveu.
Na Rádio Tapuyo, Canindeh conheceu e
se apaixonou por Ivanilda Linhares, noticiarista e locutora comercial. Ele
ainda era um rapaz que sonhava com a locução, mas já transitava pelos
corredores da rádio para vê-la. Em 2007, Ivanilda assim disse sobre isso: “Conheci
Canindeh na Radio Tapuyo, eu tinha um programa e trabalhava na parte financeira
e administrativa, em frente a minha sala havia uma escada e ele ficava olhando
para mim. E eu reclamava que aquele menino do Pax ficava todo tempo olhando
para mim. Um dia, chamei Souza Luz e reclamei, então ele disse: ‘Eu sou seu
fã’. A partir dai, a gente fez amizade, ele foi trabalhar na rádio, depois de
muito tempo começamos a namorar. Eu achava que ele daria um bom radialista,
gostava da voz dele, ele lia direitinho, eu confiava nisso e foi realmente o
que aconteceu. Vamos fazer quarenta e sete anos de casados, é claro que nós
temos aborrecimentos, mas até hoje nunca brigamos”.
Canindeh e Ivanilda casaram-se em 13 de novembro de 1960. Maria Ivanilda Linhares de Souza, era natural de Caraúbas, filha de ................................ e ............................ Faleceu em
Canindeh e Ivanilda casaram-se em 13 de novembro de 1960. Maria Ivanilda Linhares de Souza, era natural de Caraúbas, filha de ................................ e ............................ Faleceu em
O
Mossoroense registra o falecimento de Ivanilda Linhares:
O irmão caçula de Canindeh contou no programa Mossoró de Todos os Tempos, que no tempo em que a rádio produzia radionovelas,
Canindeh atuou nelas: “Canindeh trabalhou de artista de novela, na época não
havia televisão e ele seguiu a vida toda no radialismo. Fomos criados sem pai e
Canindeh era o cabeça da casa, pegou pesado com meu avô, sempre dava bons
exemplos, aconselhava-me, dizia para ter cuidado na vida, para não fazer algo
errado, isso ele se preocupava bastante, não por ser meu irmão, mas sempre foi
uma pessoa bacana, foi um batalhador, naquele tempo tudo era difícil em
Mossoró, naquele tempo era fechado para ser o que ele foi”.
Viúvo, Canindeh faleceu em .21 de abril de 2012, aos setenta e cinco anos de idade, como o locutor que mais permaneceu no ar na história de Mossoró. Mossoró ganhou um nome de rua em sua homenagem, a Rua Radialista Canindé Alves, no bairro Santa Júlia.
Canindeh e Ivanilda tiveram cinco filhos:
Viúvo, Canindeh faleceu em .21 de abril de 2012, aos setenta e cinco anos de idade, como o locutor que mais permaneceu no ar na história de Mossoró. Mossoró ganhou um nome de rua em sua homenagem, a Rua Radialista Canindé Alves, no bairro Santa Júlia.
Canindeh e Ivanilda tiveram cinco filhos:
B. Francisco Alves de Sousa Junior - faleceu com um ano e nove meses,
de doença de calazar.
B. Francisco Linhares Neto, casado com Antônia Magneide Barbosa
Linhares, natural de Grossos, filha de.............................. e
...........................................
O casal tem um filho:
T. Luiz Henrique Barbosa Linhares
B. Ivana Maria Linhares de Sousa, nasceu em 26 de maio de 1965.
Engenheira agrônoma e estudante de Psicologia.
Depoimento de Ivana:
“Meu nome é Ivana, sou filha de
Canindeh Alves e Ivanilda Linhares. Não tive a oportunidade de conhecer meu avô
e bisavô paterno, mas tive a felicidade de conhecer minha bisavó paterna, Mãe
Toinha. Felizmente, convivi durante muitos anos com meus avós maternos e com
minha avó paterna, Maria Cabral. Vovó Maria, mãe do meu pai, perdeu o marido
cedo e com firmeza e determinação conseguiu educar seus quatro filhos da melhor
maneira possível, passando lições de honestidade e respeito. Lembro
perfeitamente dos meus domingos de infância na casa dela. Eram sagrados e
sempre uma festa, pois minhas primas moravam do lado e a gente fazia muita
bagunça. Meus pais escolheram Adelzira e Juca Freire para meus padrinhos e isso
sempre foi motivo de orgulho para mim. Madrinha Adelzira foi uma das pessoas
mais doces que conheci. Sempre educada, voz mansa e um olhar que era carinho puro.
Meu padrinho Juca era tranquilo, uma pessoa voltada para família. A história de
vida de meu pai e minha mãe também é algo admirável. Ele, ainda jovem, devido à
morte prematura do pai, teve que assumir junto a sua mãe, a responsabilidade de
criar os irmãos mais novos. Embora não tenha tido a oportunidade de estudar
como merecia, com força de vontade, persistência e objetividade, alcançou bons
resultados naquilo a que se propôs. Minha mãe, foi criada de maneira rígida, formou-se
na Escola Normal de Mossoró. Era uma mulher extremamente determinada e
enfrentava tudo com vontade de vencer. Foi a pessoa mais generosa que conheci.
Não media esforços para ajudar o próximo. Juntos, por mais de quarenta e oito
anos, construíram uma família unida, mostrando que o respeito e honestidade
devem ser base de todo e qualquer relacionamento entre as pessoas. Meus pais
viveram uma bela história de amor e é ótimo ter nascido fazendo parte disso.
Sou formada em Agronomia. Creio que nasci com esse amor pelo trabalho no meio rural.
Tanto pelo lado materno - pois meu avô era fazendeiro e tinha vontade que meu
tio Catão fosse agrônomo - quanto pelo lado paterno, já que meu avô Manoel era
vaqueiro. Amo o que faço. Formei-me pela antiga ESAM – Escola Superior de
Agronomia de Mossoró - hoje UFERSA – Universidade Federal do Semi-Árido.
Comecei a minha vida profissional na extinta MAISA – Mossoró Agro Industrial
S.A - uma escola para mim. Essa empresa foi um verdadeiro marco na história de
nossa região, pela exportação de frutas, sucos e castanha. Continuo trabalhando
com exportação de frutas. Esse é um pequeno resumo de vida de uma descendente
de Pedro Alves Cabral.
B. Maria de Fátima Linhares de Sousa Oliveira, graduada em
Ciências
Sociais, pela UERN, em
Mossoró, casada com Ranieri Kleber
de Oliveira, natural de
......................., filho de ..............e ................
O casal tem dois filhos:
T. Gabriel Kébler de Oliveira, nascido em
T. Maria Fernanda, nascida em ....
B. Vanusa Linhares de Sousa Pereira, assistente social, casada
com
Euzamar Pereira Junior,
natural de ..................., filho de ....................
e ..................
O casal tem um filho:
O casal tem um filho:
T. Thales Linhares Pereira de Sousa, advogado, nascido em ....
Maria Cabral com Canindeh Alves, Estelina e Osmina |
N. MARIA ESTELINA ALVES DE SOUSA - nasceu em janeiro de 1938, no Riacho Grande.
Em casa começou a trabalhar nas
tarefas domésticos. Sempre ligada as letras, começou a ajudar a tia Guiomar,
que ensinava particular em casa, na Rua Frei Miguelinho, corrigindo caderno.
Como morava ao lado da Escola Moreira Dias, aprendeu a fazer trabalhos manuais
como costurar e bordar. Começou a substituir professores, como professora
leiga. Passando a ser funcionária do município, professora leiga á noite em casa. Foi nomeada pelo
Governo do Estado, como professora na Escola Estadual Presidente Kennedy.
Canindeh conseguiu um emprego para
ela na loja A Magestosa, que vendia
calçados e artigos para esportes, pertencente a Décio Barbosa. Achando-se
tímida, aprendeu a despachar os fregueses com outros vendedores. Com dois anos
deixou porque não estava mais querendo trabalhar no comércio.
Passou a costurar e bordar para fora,
durante o dia e a noite lecionava, como ganhava pouco, quis voltar para o
comércio após um ano afastada. Soube que tinha uma vaga na loja A Carioca, onde se apresentou e
passando por uma fase de experiência ficou mais de quinze anos.
Na loja entrava pontualmente às 7 e
ia até 11 horas, e das 13 às 17, somente ultrapassando esse horário caso
tivesse clientes. Na escola lecionava das 19 às 21:30 horas. Fazia todo
itinerário a pé. Nunca quis dirigir. Chegou a ter carro, mas confiava a direção
à sobrinha, Janaína.
Com o passar do tempo, professor
leigo foi se desvalorizando, ou a pessoa ia estudar, fazer uma formação, ou
deixasse de lecionar. Sempre participou de cursos para se aprimorar como
professora leiga, mas mesmo assim precisava de algo mais, um curso de segundo
grau, como a Escola Normal, que passou a ser uma exigência. Como só tinha o
quinto ano primário, foi cursar o madureza do primeiro grau, que à época tinha
que assistir as aulas no rádio e prestava provas em Natal. Depois surgiu
o Projeto Saci, que consistia em estudar pela televisão: “A gente assistia as
aulas à noite pela televisão, recebia as apostilas, no colégio Kennedy, era
tipo o TV Escola de hoje, com atores dando as aulas”, explica.
Fez os exames, foi aprovada, partiu
para fazer o Unificado, à noite, que correspondia ao primeiro ano do segundo
grau. Dai se demitiu do comércio e foi estudar na Escola Normal de Mossoró.
Concluindo, prestou vestibular e foi aprovada para cursar Pedagogia, sempre
aumentando o nível escolar e sendo
promovida. À época, já estava trabalhando
como funcionária do Estado.
Estelina foi aluna de notas altas,
sem colar, sempre estava fazendo cursos para melhoria do ensino, gosta de lecionar,
de inovações, criatividade, não gostava de professor parado, apesar de ser uma
profissão muito desvalorizada.
Quanto a casamento, não nasceu para
o casamento, nunca deu certo os pretendentes:”Arrimo de família, sempre fui
apegada a minha mãe, tudo que ganhava era para botar dentro de casa. Tinha
vontade de ser freira, mas não tive coragem de deixar mamãe. Hoje sei que não
tinha vocação”, desabafou.
Estelina sempre passeou. Viajou por Natal, Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo. Nunca gostou de dançar. Ia bastante a cinema, frequentava as festas da ACDP, levada pela tia Adelzira, Chico Cabral e Ninita. “Sempre me tiveram como uma pessoa correta, pura, que faz tudo certo. Talvez isso tenha me atrapalhado um pouco. Acho que sou pouco perfeccionista, mas dizem que sou muito exigente”, reconhece.
Estelina sempre passeou. Viajou por Natal, Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo. Nunca gostou de dançar. Ia bastante a cinema, frequentava as festas da ACDP, levada pela tia Adelzira, Chico Cabral e Ninita. “Sempre me tiveram como uma pessoa correta, pura, que faz tudo certo. Talvez isso tenha me atrapalhado um pouco. Acho que sou pouco perfeccionista, mas dizem que sou muito exigente”, reconhece.
Católica praticante, sempre
participou de movimentos da igreja, como catequismo, círculo bíblico e hoje
pertence ao apostolado da oração. Visitava presídio e hospitais,
individualmente.
Também lecionou na Escola Antônio Fagundes,
Centro Educacional Jerônimo Rosado. Aposentada pelo município, continuou lecionando Metodologia da Matemática, no
Jerônimo Rosado, 2o. grau, substituindo a Escola Normal, quando extinta. Não
tem filhos. Cuidou da mãe até seu falecimento. Mora sozinha na mesma casa, à
Rua Silva Jardim.
N.
OSMINA ALVES DE SOUSA FRANCO, mais conhecida como Mina, nasceu na Fazenda
São Pedro, no Riacho Grande, em 8 de julho de 1941. Estudou na Escola 30 de
Setembro, tendo concluído o ginásio. Professora aposentada do Estado e da
Prefeitura de Mossoró. Mina casou-se aos dezoito anos de idade, fugida, para a
casa dos pais do futuro marido, Francisco Franco Sobrinho, o Chiquinho, no
Jucuri, zona rural de Mossoró. Chiquinho era natural do Jucuri, caminhoneiro,
viajava sempre para a Região Sudeste. O casal estava desquitado desde 1982,
quando Chiquinho faleceu em 2001, em Feira de Santana, na Bahia, acometido da doença
de Chagas.
O casal teve cinco filhos:
O casal teve cinco filhos:
B. Leda Marise de Sousa Franco,
nasceu em Mossoró, em 30 de abril de 1961. É formada em Administração de
Empresas, funcionária do IFRN – Instituto Federal do Rio Grande do Norte, em
Mossoró, foi casada com o pernambucano de Olinda, Edirton Moura Santos, filho
de Airton Santos e Lia Moura Santos, naturais de Pernambuco.
B. Marileide da Conceição de Sousa Franco, nasceu em Mossoró, em 30 de
julho de 1962; graduada em Serviço Social, foi casada com José Carlos dos
Santos, natural de Aracaju, filho de
............................................................ e Iraci dos
Santos.................................................................... O
casal se separou em 1991. São pais de:
T. Allisson Halley Franco Santos, nasceu em Mossoró, em 12 de março de
1986, estudante secundarista, morou com o pai em Fortaleza; sendo que
atualmente mora com a avó e a mãe. Em 2004 vai se alistar para entrar na
Aeronáutica. Adora jogar bola, se dá bem com física e química. Gosta de som,
rock. Ajudava em ensaios de uma banda de pagode que seus amigos tocavam. Adora
também passear na moto Honda biz de sua mãe pelas noites de Mossoró.
T. Alanna Raíssa Franco Santos, nasceu em Mossoró, em 6 de setembro de
1989. Sempre morou com a avó, Osmina. Gosta de língua portuguesa, pensa em
fazer faculdade de cinema. Gosta de ler livros de ficção e já fica imaginando
as cenas na tela de cinema. Não sabe se quer ser atriz pelo fato de ser tímida,
e não teria coragem de encarar as câmeras, más um dia essa timidez passará...
diz ela confiante em seu talento. Gosta muito de dançar, e é fanática pela
dupla Sandy e Junior. Adora pop e agora está aprendendo com o irmão a gostar de
rock. Adora tirar fotos e “guardar para servir de lembrança dos seus velhos
tempos”. diz...
Marileide em 2004 teve um filho de
Edinaldo Dantas da Silva, natural de Mossoró:
T. Luis Eduardo
T. Luis Eduardo
B. Vilaine Maria de Sousa Franco, nasceu em Mossoró, em 24 de novembro
de 1963. Solteira, assistente social, trabalhou na Casa de Saúde São Camilo de
Léllis e no Fórum Municipal, como juíza de paz, que lhe permitia celebrar
casamento no civil.
B. Emanuel
Nilson de Sousa Franco, nasceu em Mossoró em 16 de fevereiro de 1966;
B. Kaline Janaína de Sousa Franco, nasceu em Mossoró, em 9 de fevereiro
de 1978; Tem o segundo grau, trabalha como comerciária desde os dezesseis anos
de idade. Foi praticamente criada pela avó, Maria Cabral e a tia Estelina; casada,
mora na Itália.
N. PEDRO ALVES DA SILVA, mais conhecido na família por Segundo. Metalúrgico aposentado, reside
em São Bernardo
do Campo, São Paulo. Como o irmão mais velho, Canindeh, Segundo não quis saber de estudo. É casado com
Miriam Nunes Paiva da Silva, natural de ....................., filha de
....................... e ..............................
O casal tem dois filhos:
O casal tem dois filhos:
B.
Karina Paiva da
Silva,
natural de São Paulo, capital, formada em ...............................,
casou-se em 02 de março de 2002, na Sede Social Josho, templo budista, no
bairro Liberdade, na capital paulista, com Marcelo Tamiko Sayama Fugimoto,
formado em Filosofia e Direito, natural de São Bernado do Campo, funcionário da
Justiça do Trabalho, na capital paulista; filho de Hideo Fugimoto, já falecido,
e Maria Tamiko Sayama Fugimoto. No casamento de Karina, da parte Cabral marcou
presença as primas, Lúcia e Stella Maris. No convite de casamento uma frase de
Luis de Camões: “Mas como causar pode o seu favor nos mortais corações
conformidade, sendo a si tão contrário o mesmo amor?”. Karina e Marcelos são
divorciados e não
tiveram filhos.
B. Kleber Paiva da Silva, natural de ....................... graduado
em Arquitetura, pela Universidade São Marcos, em São Paulo. Seu nome é uma
homenagem ao primo Kléber, de quem seu pai era amigo na infância.
Maria Cabral no início dos anos 2000 |
Foto de Maria Cabral no Memorial da Resistência |
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