Muitos
anos depois, ao recordar com a leitura de As Brumas de Avalon, de Marion Zimmer
Bradley, o relato do desaparecimento lento e inexorável da cultura celta na
Bretanha do ciclo Arturiano, substituída pela opressiva aliança entre o
cristianismo - tal qual o entendia a Igreja católica - e o poderio do Estado
romano, associei o sentimento de perda dos personagens fadados a serem
testemunhas daquela época à minha própria amargura com a extinção, também
impossível de ser detida, da antiga cultura sertaneja nordestina, iniciada no
ciclo do gado.
E recordei enquanto caminhava, garoto, pelas ruas da minha infância, tangido suavemente por meu pai, a cumprimentar, tímido, os vizinhos, dentre eles um seu colega de trabalho, Francisco Alves Cabral, o Chico Cabral, a quem eu relacionava imediatamente, por ser filho de Pedro Alves Cabral, com a Casa Grande da Fazenda João Gomes, uma das três ou quatro construídas no ‘início das eras’ naquela Região, o Alto Oeste Potiguar, de onde os Fernandes, todos descendentes de Mathias Fernandes Ribeiro, filho de um português oriundo da Vila de Faral, cidade do Porto, Região do Douro, e de uma filha de outro português, Francisco Martins Roriz, fundador de Martins, se espalharam pelo Brasil.
Pedro Alves Cabral nascera lá, naquela mítica Casa Grande que Lampião recusou atacar, por arte de Massilon, quando invadiu o Rio Grande do Norte se dirigindo a Mossoró, escutara suas histórias e estórias nos serões familiares, testemunhara algumas e era, ele mesmo, o epicentro de uma história contada aos sussurros, entre os adultos Fernandes, mas escutados por meninos de ouvidos ávidos, que atribuía seu nascimento em 1879, no dia de São Pedro, às estripulias juvenis de Adolpho Fernandes, primogênito do Capitão Childerico José Fernandes de Queirós e Sá, então proprietário do solar senhorial por seu segundo casamento com Maria Amélia Fernandes, a dona Marica do João Gomes, única herdeira de todo o patrimônio do Tenente Coronel Epiphanio José Fernandes de Queirós, conhecido como Major Epiphanio, este falecido em 1884, e seu construtor.
A história de dona Marica é por si mesma uma lenda na família Fernandes. Consta que Antônio Fernandes da Silveira Queirós, o Major do Exu, teve vários filhos, dentre eles o Major Epiphanio e o Cônego Bernardino José de Queirós e Sá, que foi vigário de Pau dos Ferros, de 1849 a 1884. O Major Epiphanio não teve filhos; o padre, dezesseis, de várias mulheres, dentre eles dona Marica, primogênita, adotada por seu irmão e dele futura e única herdeira.
Ao assumir João Gomes o Capitão Childerico, Adolpho Fernandes, o primogênito, ao que consta, segundo as lendas, manteve a tradição inaugurada pelo Cônego Bernardino, seu tio-avô, de engravidar o mulherio das redondezas, e dele nasceu Pedro Alves Cabral, pai de Chico Cabral, a quem eu sempre associo a Casa Grande da Fazenda João Gomes e a proteção que recebeu, ao longo da vida, dos Fernandes descendentes do seu avô, bem como lembro, imediatamente, de outras tantas e preciosas histórias/estórias que o pó do tempo insiste em sepultar, e lentamente encaminhar toda uma cultura da qual, hoje, quase não há mais testemunhas vivas, para o desaparecimento.
E recordei enquanto caminhava, garoto, pelas ruas da minha infância, tangido suavemente por meu pai, a cumprimentar, tímido, os vizinhos, dentre eles um seu colega de trabalho, Francisco Alves Cabral, o Chico Cabral, a quem eu relacionava imediatamente, por ser filho de Pedro Alves Cabral, com a Casa Grande da Fazenda João Gomes, uma das três ou quatro construídas no ‘início das eras’ naquela Região, o Alto Oeste Potiguar, de onde os Fernandes, todos descendentes de Mathias Fernandes Ribeiro, filho de um português oriundo da Vila de Faral, cidade do Porto, Região do Douro, e de uma filha de outro português, Francisco Martins Roriz, fundador de Martins, se espalharam pelo Brasil.
Pedro Alves Cabral nascera lá, naquela mítica Casa Grande que Lampião recusou atacar, por arte de Massilon, quando invadiu o Rio Grande do Norte se dirigindo a Mossoró, escutara suas histórias e estórias nos serões familiares, testemunhara algumas e era, ele mesmo, o epicentro de uma história contada aos sussurros, entre os adultos Fernandes, mas escutados por meninos de ouvidos ávidos, que atribuía seu nascimento em 1879, no dia de São Pedro, às estripulias juvenis de Adolpho Fernandes, primogênito do Capitão Childerico José Fernandes de Queirós e Sá, então proprietário do solar senhorial por seu segundo casamento com Maria Amélia Fernandes, a dona Marica do João Gomes, única herdeira de todo o patrimônio do Tenente Coronel Epiphanio José Fernandes de Queirós, conhecido como Major Epiphanio, este falecido em 1884, e seu construtor.
A história de dona Marica é por si mesma uma lenda na família Fernandes. Consta que Antônio Fernandes da Silveira Queirós, o Major do Exu, teve vários filhos, dentre eles o Major Epiphanio e o Cônego Bernardino José de Queirós e Sá, que foi vigário de Pau dos Ferros, de 1849 a 1884. O Major Epiphanio não teve filhos; o padre, dezesseis, de várias mulheres, dentre eles dona Marica, primogênita, adotada por seu irmão e dele futura e única herdeira.
Ao assumir João Gomes o Capitão Childerico, Adolpho Fernandes, o primogênito, ao que consta, segundo as lendas, manteve a tradição inaugurada pelo Cônego Bernardino, seu tio-avô, de engravidar o mulherio das redondezas, e dele nasceu Pedro Alves Cabral, pai de Chico Cabral, a quem eu sempre associo a Casa Grande da Fazenda João Gomes e a proteção que recebeu, ao longo da vida, dos Fernandes descendentes do seu avô, bem como lembro, imediatamente, de outras tantas e preciosas histórias/estórias que o pó do tempo insiste em sepultar, e lentamente encaminhar toda uma cultura da qual, hoje, quase não há mais testemunhas vivas, para o desaparecimento.
Francisco Honório
de Medeiros
NOTA DA
AUTORA
Pedro Alves Cabral, ao
contrário da música de Pedrinho Mendes, não era um Pedro qualquer. Oriundo da
zona rural do Alto Oeste Potiguar resolveu mudar de vida e de cidade aos
cinquenta e cinco anos de idade, quando colocou a família em cima de um
caminhão, em dezembro de 1934, e migrou para Mossoró, onde já moravam três dos seus catorze filhos. O
primogênito, Chico Cabral e o patriarca queriam que as filhas tivessem a
oportunidade de ter uma educação formal, sem jamais imaginar que seus
descendentes fossem tão longe e estariam espalhados por todo país, exercendo
atividades profissionais nas mais diversas áreas.
São advogados, médicos,
administradores de empresas, assistentes
sociais, contabilistas, engenheiros, arquitetos, professores, radialistas,
jornalistas, comerciantes, comerciários, metalúrgicos e até um juiz federal.
Uma neta jornalista resolveu
contar essa trajetória da família muitos anos depois de descobrir sua vocação
profissional, sem se dar conta que tinha dentro de casa o que poderia ser sua
melhor reportagem. Mais do que isso, uma história fantástica, a dos avós
maternos: Pedro Alves Cabral e Antonia Neri Cabral.
HISTÓRIA DE UMA ÉPOCA – A SAGA
DE PEDRO ALVES CABRAL é mais do que uma biografia, talvez um estudo sociológico,
pois o texto registra as diversas fases da história com os acontecimentos em
Mossoró, no país e no mundo, para o leitor e descendentes da família se
situarem no contexto da história.
Do
avô, esta jornalista tem pouca recordação, pois estava na primeira infância,
quando ele faleceu. Com a avó, teve um relacionamento bastante próximo, porque
sempre foram vizinhas. Ainda adolescente, convalescendo de problema numa perna,
passou cerca de seis meses aos cuidados da avó, no seu quarto. Conversavam o
dia todo, sem um aparelho de televisão por perto. A avó na rede, a neta ao
lado, numa cama.
Dessa convivência, não soube
tirar proveito. Até que indagava e questionava as histórias da família, porém,
nada gravado ou anotado.
Mas só se deu conta que não havia registrado
nada, anos depois, no início dos anos
1990, morando na capital paulista, para onde seguiu, quando concluiu a tão
sonhada graduação em jornalismo. Um primo em segundo grau, paulistano, Kleber, à
época com treze anos de idade, vivia questionando a origem da família. Queria
saber tudo sobre os ancestrais. Fatos e detalhes que a distância o impediam de
tomar conhecimento. Achou um barato a coincidência do nome do bisavô, quase
homônimo do descobridor do Brasil.
Quando achava que não tinha
mais histórias da família para contar a Kleber, conversou sobre o assunto, com
outro primo, Bosco, seu hóspede em São Paulo. De Bosco, ouviu não somente
o estímulo para escrever a história do avô, mas também sobre o primogênito,
Chico Cabral. Bosco descrevia um Chico Cabral playboy, um homem de sucesso, que viajava ao Rio de Janeiro todo
ano. Que trazia as novidades da capital do país, em baús para as irmãs e a mãe,
que namorava as moças mais bonitas da cidade, que casou aos quarenta anos de
idade, com uma moça bonita e elegante, que tinha a metade de sua idade. Meu
Deus! Bosco soube ‘vender’ a ideia que aquela família daria uma bela história
em livro. Então, desde 1994, essa história passou a ser digitada. Antes disso, tanto eu como o
primo José Hélio Cabral Freire, havíamos publicado artigos em jornais de Mossoró
sobre Pedro Alves Cabral. Que havia sido homenageado na década de 1970 com um
nome de rua, que começa na Rua Felipe Camarão - bairro Aeroporto - e vai até a
Rua Frei Miguelinho, no bairro Nova Betânia.
No entanto, a Prefeitura Municipal de Mossoró, afixara ao longo da rua, placas com o nome Pedro Álvares Cabral, equivocadamente. Pedro foi proprietário de terras naquele bairro, onde foi construída a primeira estação rodoviária. O que se conseguiu com a publicação da história de Pedro Alves Cabral, foi a troca das placas afixadas nas residências, onde passou a constar o nome do verdadeiro homenageado. Tempos depois, a rodoviária foi demolida e a prefeitura construiu a Secretaria de Cidadania do Município. A homenagem com o nome da rua seria a indenização da prefeitura pela posse do terreno.
No entanto, a Prefeitura Municipal de Mossoró, afixara ao longo da rua, placas com o nome Pedro Álvares Cabral, equivocadamente. Pedro foi proprietário de terras naquele bairro, onde foi construída a primeira estação rodoviária. O que se conseguiu com a publicação da história de Pedro Alves Cabral, foi a troca das placas afixadas nas residências, onde passou a constar o nome do verdadeiro homenageado. Tempos depois, a rodoviária foi demolida e a prefeitura construiu a Secretaria de Cidadania do Município. A homenagem com o nome da rua seria a indenização da prefeitura pela posse do terreno.
Numa simples pesquisa ao site dos
Correios, verifica-se que em Mossoró não existe a Rua Pedro Alves Cabral e sim,
a Rua Pedro Álvares Cabral. Porém, toda correspondência que chega aos moradores
daquela rua, provenientes de órgãos públicos e comerciais, tem como
destinatário, a Rua Pedro Álvares Cabral. Sem o CEP – Código de Endereçamento
Postal - porque cabe à Prefeitura Municipal de Mossoró, providenciar, junto aos
Correios. O que até agora não foi feito, tantos anos depois. Como a câmara
concede o nome da rua, cabe a ela, dar prosseguimento ao processo de reconhecimento.
E quem foi Pedro Alves Cabral? Nada
mais, nada menos do que um simples agricultor com visão. Um homem que nunca
teve uma professora, mas que acalentou o sonho de formar as filhas. Quando os
homens já estavam encaminhados no mercado de trabalho, vendeu o seu pedaço de
chão, na zona rural de Pau dos Ferros e migrou para Mossoró com esposa, filhos
e o gado.
Foi assim que começou esse livro: em primeiro
lugar, montar a história de alguém que veio do sertão e, chegando na cidade
grande, quarenta anos depois, foi
homenageado com o nome de uma rua.
Eis Pedro Alves Cabral, Pedro Cabral ou Pedro Muribeca que, como um homem comum,
conseguiu vitórias espetaculares. Viveu uma rica experiência na terra. Alguém que se importava com a qualidade de vida
e de estudos para as filhas. Um homem de moral, ético, que jamais comprou fiado
e nunca teve inimigos.
Seus descendentes, pela
influência da família e por seus próprios valores participaram e participam
ativamente do desenvolvimento de Mossoró e do país.
HISTÓRIA DE UMA ÉPOCA – A SAGA DE PEDRO
ALVES CABRAL será uma trilogia. Esse é o primeiro volume de uma série que
contará toda a história da família Alves Cabral, membro por membro, oriunda do
casal Pedro Alves Cabral e Antonia Neri Cabral.
E, parafraseando Leon Tolstoi, “Se
queres ser universal, fale de tua aldeia”.
Danilo Tázio Vasconcelos Freire |
Carta
aos primos
Natal, 19 de março de 2003.
Eu tinha no máximo seis ou sete
anos, quando morávamos todos numa casa tão pequeneninha para nós seis. E como
parecia grande...
Sentávamos à mesa para
jantar e meu pai quase sempre tinha uma história nostálgica para contar de
quando era criança. Minha mente viajava, imaginando, como seria realmente esse
lugar chamado Poré. Levei anos para um dia ir visitar pela primeira vez. Para
meu pai tudo remetia àquela terra incrível.
Ele sempre falava de sua vó
Mãe Toninha*, que fazia cuscuz, milho, canjica... As festas de São João na
fazenda do Padim Pedro eram eventos que nem cem anos, farão meu pai esquecer. O
amor que todos os filhos de minha vó Adelzira Cabral tem por aquele lugar, não
se nota nas histórias e sim, nos seus olhos.
Também tive uma infância.
Convivi muito com meus primos. Achava a melhor coisa do mundo quando todos
estavam juntos na casa de vovó. Esfregava as mãos e passava a língua nos lábios
quando sentia o cheiro daquela farofa que só ela sabe fazer. Era tanto barulho,
um povo que falava tão alto, nosso domingo não podia ser melhor.
E quando íamos para Tibau,
ficávamos eu, Samuel, Stella, Andréa, Camila, Ludmila - Uda - Talliana, Daniel,
Tereza Raquel, Cibele e Tiago no máximo em duas redes. O tempo passou como um
piscar de olhos e logo surgiram o que eu chamo de a segunda remessa de primos:
Delano, Leandro, Nara, Leonardo, Naiara, Igor e, por último, Bianquinha. Todos,
primos que me ensinaram a viver melhor e ainda ensinam.
Naquela época, era tudo
diferente. Não nos preocupávamos em como seria o dia seguinte. Não entendíamos
muitas coisas, não sabíamos nem as horas. Um ano custava tanto! Nossa vida era
alimentada pela imaginação. O amanhã viria só depois. Nada nos atingia. Parecia
que nossas vidas eram eternas.
Hoje a vida ainda é muito
boa. Mas não somos mais crianças que não sabem que horas são. Sabemos que não
vivemos para sempre e nem todos nossos avós ou pais estão conosco. Parece que
temos que viver com mais pressa.
Não tenho Cabral no
meu nome, mas sou filho de José Hélio Cabral Freire, neto de Adelzira Cabral
Freire e acho que sei pouco sobre a família Cabral. Sei que muitos de meus
primos não me conhecem e a recíproca é verdadeira. Muitas histórias, como as de
meu pai, poderão ficar perdidas para sempre. Talvez um dia eu não possa contar
para as crianças que ainda não nasceram, as histórias de meu bisavô porque
ninguém mais conhece.
Portanto, digam o que fazem, escrevam para que possamos nos conhecer. Sei que nossas vidas não são eternas, mas façam parecer que são!
Portanto, digam o que fazem, escrevam para que possamos nos conhecer. Sei que nossas vidas não são eternas, mas façam parecer que são!
Danilo Tázio, jornalista e bisneto de Pedro
*Danilo refere-se a Mãe Toinha.
Três Crivos de Sócrates*
"Somos
responsáveis não apenas por nossos atos, mas também por nossas palavras. Parece
evidente, mas o fato é que nem sempre damos a devida atenção ao que parece
evidente. Envolver-se em fofocas, repassar informações sem conferi-las e dar
corda a boatos é uma tentação a qual todos estamos expostos. Só que não há nada
de inocente nisso. É assim que comprometemos a reputação dos outros e também a
nossa. Uma boa forma de evitar essa armadilha é refletir sobre as palavras de
Sócrates. O grande filósofo grego tinha um método imbatível para não se deixar
envolver pelo perigo das redes de intrigas. Um dia, quando Sócrates conversava
com seus discípulos em Atenas, um homem aproximou-se e, puxando-o pelo braço,
lhe disse:
- Precisamos conversar em particular. Tenho uma coisa urgente para lhe contar.
Sócrates respondeu:
- Espere um pouco. Você já passou isso que vai me dizer pelos três crivos?
- Como assim? Que crivos?
Espantou-se o homem.
- O primeiro é o crivo da verdade. Você tem certeza de que o que vai me contar é verdade?
- Certeza, não tenho! Mas muita gente está falando, então...
- Bem, se não passou pelo crivo da verdade, deve ter passado pelo da bondade. O que você está prestes a me dizer é algo bom, não?
O homem hesitou.
- Bom não é. Muito pelo contrário.
- Se talvez não seja verdade, e com certeza não é bom, resta o terceiro crivo. Há alguma utilidade no que você quer me contar?
O homem pensou um pouco.
- Não sei bem, acho que não...
- Neste caso, se sua história não é verdadeira, nem boa, nem útil, não perca seu tempo contando-a, pois nenhum proveito pode-se tirar dela.
Disse o filósofo, encerrando a conversa".
- Precisamos conversar em particular. Tenho uma coisa urgente para lhe contar.
Sócrates respondeu:
- Espere um pouco. Você já passou isso que vai me dizer pelos três crivos?
- Como assim? Que crivos?
Espantou-se o homem.
- O primeiro é o crivo da verdade. Você tem certeza de que o que vai me contar é verdade?
- Certeza, não tenho! Mas muita gente está falando, então...
- Bem, se não passou pelo crivo da verdade, deve ter passado pelo da bondade. O que você está prestes a me dizer é algo bom, não?
O homem hesitou.
- Bom não é. Muito pelo contrário.
- Se talvez não seja verdade, e com certeza não é bom, resta o terceiro crivo. Há alguma utilidade no que você quer me contar?
O homem pensou um pouco.
- Não sei bem, acho que não...
- Neste caso, se sua história não é verdadeira, nem boa, nem útil, não perca seu tempo contando-a, pois nenhum proveito pode-se tirar dela.
Disse o filósofo, encerrando a conversa".
*Este texto apócrifo foi enviado pelo
primo José Rômulo, por e-mail, em janeiro de 2009, com a seguinte recomendação: “Lúcia,
muitas pessoas deviam seguir esses crivos como uma religião”.
Pois bem, este livro passou pelos três crivos.
Pois bem, este livro passou pelos três crivos.
Vc tem contato?
ResponderExcluirMeu sobrenome é Cabral e minha família é de Pernambuco, vi que os traços da família da foto, é muito parecida com a minha, se puder passar seu contato de Whatsapp?