Casa de Pedro e Antônia até o final de 1934, em foto de Élder Viana |
O Sítio Riacho do Meio era um pedaço de terra na zona rural de Pau dos Ferros, hoje é bairro.
Em 1901, quando Pedro e Antônia se casaram, foram morar nesta casa que ilustra essa postagem, aonde nasceram todos os filhos do casal.
Lateral da casa, em foto recente de Élder Viana |
O primeiro neto, Edmundo, fez uma viagem saudosista no Riacho do Meio e levou a esposa, Iracy, e a mãe, Júlia. "Uma vez,
levei mamãe no Riacho do Meio e ela sentiu muita emoção. Agora estive em
dezembro com Iracy e vi que evoluiu bastante, está praticamente uma cidade. Lembro que
quando fui com mamãe havia a casinha, bem direitinha, faz um bocado de tempo,
uns quinze anos. Mamãe reconheceu a casa. Entramos, tudo muito simples, acho que já não era mais de taipa, estava bem arrumadinha. Havia algumas
divisões, uma calçadinha. Foi reformada posteriormente. Eu não conhecia
bem, porque era o seguinte: Tio José tinha um terreno antes do Riacho do Meio e
eu todo santo dia ia deixar uma vacas lá. Tio José dava o leite de duas vacas
para a gente, mas em compensação eu tinha que ir buscar e deixar essas vacas.
Eu tinha uns dez anos de idade. Estive em dezembro e lembrei bem daquele
corredor longo. Quando eu era criança, lembro que diziam que havia ali uma
alma, uma visagem, que aparecia, por causa do vazio grande que tinha e, um belo
dia, Tio José, no terreno dele, já à noite, quando chegou embaixo de um
juazeiro, a alma se mexeu, fez um rebuliço em cima do juazeiro, Tio José pegou
a espingarda e atirou, a alma caiu embaixo dos pés dele. Era um guaxinim que
morava em cima do pé de juazeiro. Então, acabou-se a alma".
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